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Mocinha

Você percebe que cresceu quando tem um chefe. Na verdade quando todo mundo é chefe, menos você. Quando você chora para chegar sexta-feira à noite, pra ver aquela novela bacana que não deu tempo de ver durante a semana. Você percebe que está ficando mocinha quando tem que instalar Cash Manager no computador. Quando você compra aquela blusa bacana de um milhão de dólares que sua mãe jamais compraria.
Você se reconhece velha quando sai mais cedo do trabalho e no lugar de ir beber, se encontrar com amigos, faz um lanchinho e dorme seu sono de beleza. Você percebe que já não é mais a mesma quando sua sobrancelha começa a se assemelhar com uma taturana, suas unhas dão desgosto e você espera A festa para arrumar tudo.
Você já é adulta quando no meio de uma conversa entre amigos, lembra “Será que fulano respondeu meu email? Tenho que terminar aquilo lá…”. Aqueles compromissos inadiáveis acumulam pro fim de semana. Você fica puta se o seu super oftalmo não atende de sábado. Mais puta ainda porque a nutricionista só trabalha até as seis. Você quer morrer quando descobre que sua salvadora (depiladora e manicure) vai embora as cinco e meia.
É também quando você começa a usar a mesma desculpa que sua mãe usava/usa: “amanhã não dá, não tenho tempo!”. É quando você se vê obrigada a anotar tudo que tem que fazer, até mesmo o “fazer xixi” deve ser escrito, porque senão você esquece. É quando, milagrosamente, a sua preguiça passa, ou pelo menos melhora. Você se torna mais eficiente, começa a entender como a sua mãe dava conta de tantas coisas.

Acho que estou crescendo, tô virando mocinha, tô pagando meus luxos, tô com sono atrasado, tenho a rotina mais corrida. Mas sabe o melhor? Tô amando. Mesmo quando meu dinheiro acaba antes de eu começar a gastar, mesmo quando eu tenho que dispensar o bar de sexta, até mesmo quando eu me vejo almoçando uma barra de cereal no metrô.

beijosdoisquilosamenos

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Brincando de jornalismo

Os meus dias de brincar de jornalismo tem sido maior bacanas. Eu já escrevo notinhas, leio os textos das assessorias e reescrevo, tamém tenho sido fotógrafa das matérias produzidas para o jornal.
Semana passada fui fotografar uns restaurantes e a Thais foi pra fazer umas perguntas. Primeiro um restaurante japonês, absolutamente incrível, e uma barca com os sushis/outros bolinhos mais bonitos que eu já vi, o dono de lá era um fofo! Tipo que já fiquei best dele! HUAHAUHAU. Depois fomos para um restaurante de cozinha contemporânea (nome chique pra dizer que faz desde cabrito até pizza), o gerente era tão delicado quanto um elefante em uma loja de porcelana. No fim ainda quis ler o que a Thais escreveu sobre o restaurante dele. O último, um restaurante genuinamente italiano, com um dono que realmente botou a mão na massa pra gente. Um macarrão muuuito cheiroso, fiquei com vontade.
Meu chefe disse que quer produzir mais matérias, atualmente a coisa funciona meio que na reprodução do que já tem feito. Nem estou feliz, não não.

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Primeiro dia jornalístico

Cheguei a pouco do meu primeiro dia de trabalho. Sem falsa modéstia eu consegui uma vaga que estava sendo disputada por outras 25 meninas, concorrência maior do que a de muito vestibular foda por ae! Ok, mamãe diz que sou gênio =B
Comecei a trabalhar em uma empresa, legitimamente guarulhense, que tem duas publicações: um jornal que sai às sextas-feiras e uma revista feminina mensal. Achei que fosse trabalhar só para a revista, mas descobri que vou participar das duas coisas (chorei!).
Era pra eu começar só na segunda mas, me ligaram ontem dizendo que era pra eu participar do fechamento do jornal hoje. Nem fiquei ansiosa não, imagina! Pontualidade britânica já estava lá as 15hrs. Sala da chefe, ela me diz que vou só ficar vendo como funciona a redação (sou muito jornalista) em dia de fechamento. Ok, sussa.
Minha colega de trabalho (sou muito trabalhadora) me explicou como era cada parte do jornal e tal, que tipo de notícia era importante e tudo. Recebi um login e senha para a Agência Estado (sou muito jornalista). Aprendi a mexer na Agência Estado e Agência Brasil (já xinguei as duas ¬¬). Um momento que merece ser explicado, sem resumos: A Thais (já mencionada acima) recebeu um email com uma notinha sobre um evento, só que a assessora não colocou o endereço nem o horário. Eis que surge minha chefe. Segue o diálogo:

– Então Clau dá pra colocar a notinha sim, vou só ligar pra ver o endereço.
– Deixa que a Stéphanie liga.
(eu = momento de tensão)
– Stéphanie, pede pra falar com a Rose, e consegue essas informações.

“- Oi… posso falar com a Rose
– Quem gostaria?
– A Stéphanie da XXXX
– Oi, é a Rose
– Rose, você pode me passar o endereço e o horário do evento XXX
– Hmm…. (Rose pensando) é que ele não vai ser aberto pra imprensa
– Hmm, é que pra colocar na nota pro jornal.
– Vou ver aqui e já te ligo.
– Tá bom, brigada!”

10 segundos depois. Minha chefe continuava lá me assistindo. Telefone toca e é pra mim (uhuul, muito jornalista)

“- Oi, é a Rose
– Ahh, oi!
– Então vai ser na Av. Stos Dmont, numero XXX, na associação mesmo, as 8 da manhã
– Ah sim, brigaada!”

Minha chefe diz que eu me saí bem e que eu ia sair com ela em alguns minutos. Ok, nessa hora eu gelei, mesmo! No caminho ela me conta que vou fazer as fotos de uma entrevista que ela ia fazer. Me entrega a câmera (digital, mas era daquelas normais, nada profissional). Perguntei se não precisava de câmeras profissionais, ela disse que essas cameras dão conta do recado, já que as fotos são simples.
Chegamos ao consultório do cirurgião a ser entrevistado, ele pergunta se é melhor vestir a gravata, minha chefe me olha pra eu responder (gelei!). Respondi que sim, ia ficar melhor. Tirei as fotos (Dr em sua mesa, Dr conversando, Dr sorrindo, Dr sério). Fim. Ela, no carro, disse que eu fui bem e zuou que o médico tinha cara de nada (hahaha, chorei).
Voltamos a redação, as chamadas da capa já estavam sendo feitas, como já tava íntima da Thais (mentira, mas ok) dei uns pitacos. Os meninos terminaram de diagramar. PLIM! Juro é a coisa mais legal do universo vê o treco pronto depois de ver o trabalho que deu… Descubro que minha colega de trabalho (Thais) mora perto de casa e ela resolve me dar uma carona.
Amanhã é dia de reunião de pauta. Tomara que seja tão incrível quanto esse!
Só pra terminar o post fazendo uma invejinha jornalística, eu vou ter minha própria mesa de trabalho, meu próprio ramal de telefone, já tenho até um super bloquinho de Post it , mas sem o porta Post it, porque isso só estagiarias superiores (como a Thais) têm.

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